As
recordações invadem minha alma,
Nem sempre
foi assim,
Seu sorriso
fácil suas boas-vindas eram para mim
Um alento,
um lugar no paraíso.
Lembro-me da
sua preocupação,
Do seu
“estar-se solidária”,
Do
receber-me no portão,
Do seu
perguntar, do seu exigir do amor que teima em “controlar” tudo em minha vida,
Você não sabia,
mas dessa forma mesmo relutante, sentia-me protegido, seguro, amado,
As
despedidas eram breves e alegres, no outro dia eu sabia que próximo a ti
estaria.
Você nada
exigia apenas e tão somente você queria,
Participar
estar junto aos seus,
Minha
alegria era infinita, imensurável como o tempo,
A vida
muda, os caminhos por capricho do destino,
São
reescritos, coadjuvantes que somos nessa vida,
Não nos
cabe mudar o destino, apenas cumpri-lo.
A vida não parece justa, nem tão pouco bela
Não bastava ter tirado uma da minha vida foi mais cruel, foi além,
Conseguiu duas tirar,
Primeiro a minha querida irmã um carcinoma a levou,
A vida parou para que eu respirasse por longos 10 meses. Outra tacada vil, dessa vez minha Mãe foi "levada" logo ela que era o sustentáculo para a tempestade que enfrentávamos.
Não pensei
que um dia seria assim,
Não
imaginava o quão finita poderia ser a existência,
E como a vida
poderia ficar sem sentido,
Sinto falta
do seu abraço, do seu sorriso da cumplicidade que existia,
Hoje homem
feito ainda procuro nas minhas recordações um pouco do seu colo, da sua
proteção.
Não encontro mais esse lugar, existe apenas um enorme vazio,
Sei que
você descansa plácida, inerte,
Estando
viva apenas em minhas memórias,
No seu
túmulo apenas um nome,
Um conjunto
de letras cujo significado aos outros,
Parece tão
igual, tão comum.
Eu tenho me perguntado:
_E agora
por onde, e como recomeçar?
Vou caminhando querida irmã e mãe teimando com a saudade e em alguns momentos plagiando o grande poeta Cazuza dizendo a mim mesmo: "A vida não para",
Vivas estão em minhas memórias.
-Querida Mãe, e irmã!
Não sei se nos encontraremos um dia, se isso acontecer abraçarei-as olharei dentro dos seus olhos, e direi à vocês,
Que falta vocês fazem!
As minhas queridas e amadas irmã e mãe, falecidas em 2004.
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