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Entrada principal da cidade, pela rodovia Mal.Rondon. |
Hoje
vou fazer parte do senso comum. Serei mais uma voz a formar coro com pessoas
que hoje estão homenageando a ilustre
aniversariante, falarei pelo orgulho que tenho por ter tido a oportunidade de
ter nascido Araçatubense!
Hoje
o Cidadão tem a obrigação de
homenagear a minha grande e querida Araçatuba, jovem senhora que completa neste
dia 02/12/2011 103 anos de idade, terra de encantos, terra dos araçás.
Terra
de Sebastião Ferreira Maia, João Batista Botelho -"Cuiabano", Waldyr Felizola de Morais, Edson “Bolinha” Cabariti, e que tantas vezes foi homenageada pelos palcos Brasil afora
pelo nosso querido e saudoso José Dias Nunes, ou melhor,Tião Carreiro, mineiro de nascença, mas que se intitulou filho desta
terra, tanto que eternizou seu amor pela cidade na música Filho de Araçatuba (ouça aqui!).
Terra
que acolheu imigrantes de todas as nacionalidades, mas especialmente os Sirios,
Japoneses, Italianos que juntaram-se aos nascidos aqui, para viver em uma
pequena vila que só podia ser acessada por uma picada no meio da mata (foto abaixo), ao chegar, encontraram um
vagão de trem que servia entre outras coisas como estação ferroviária,
trabalharam e todos juntos, transformaram a vila na cidade que é hoje, sede da 9a. região administrativa do estado, composta por 43 cidades.
Terra dos
valorosos índios Caingangues, que donos de uma rica cultura e
folclore,emprestaram ao imigrante que aqui chegava, o nome pelo
qual eles conheciam o seu pedaço de chão nome esse que foi adotado e hoje nos
faz conhecidos pelo Brasil e pelo mundo, ensinaram ao imigrante/emigrante que; Araçá = uma
espécie de fruta silvestre; e Tyba - em
grande quantidade, abundância, portanto abundância de Araçás.
Mas
abundância também de progresso, de gente honesta e trabalhadora, abundância de
amor por uma terra que por mais distante que estivermos dela, sempre lembraremos
com carinho e orgulho da terra dos araçás.
Desde
o inicio, quando a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil aqui chegou, com suas
máquinas e homens, instalando no km 280 da ferovia seu vagão (que serviria por um tempo até de estação), fincavam ali o
embrião da nossa cidade nem imaginavam naquela época, a potência econômica em que
ela se transformaria, pois é, não paramos de crescer.
Somos
abençoados pela topografia, pelas terras férteis, pelos recursos hidricos (o tietê
é nosso vizinho, rasgando terras araçatubenses) e principalmente pela nossa
posição geográfica.
Afinal
estamos na rota de passagem que liga pois a rodovia Mal. Rondon que corta
Araçatuba, tanto nos leva à Capital do nosso querido estado, quanto ao vizinho
e amigo estado de Mato Grosso do Sul.
Desde
a sua emancipação política administrativa em: 1921, a
nossa cidade vem crescendo e desenvolvendo-se, já foi conhecida como cidade do
asfalto, posteriormente como terra do boi gordo, em virtude da grande
quantidade de pecuaristas e invernistas que aqui residiam. Nossa praça central,
a Rui Barbosa, recebeu o apelido de praça do boi gordo, em virtude das reuniões
diárias desses pecuaristas que em “rodas” atualizavam-se, e atualizavam os
valores do seu produto principal, o boi gordo.
Até
o grande Sebastião Ferreira Maia, morou, e teve negócios aqui, o conhecido Frigorífico T.Maia, abastecia não só o
Brasil, mas muitos mercados internacionais, com sua produção e seu modo de
ousado de trabalhar (até para a época), fez com que o nome da cidade ficasse
conhecida internacionalmente, o T.Maia começou suas atividades por volta de 1957.
Vendíamos
até aos Árabes, em uma época quando o máximo de tecnologia existente era o
telefone.
Quando
da desativação do Frigorífico (época da ditadura militar), Tião Maia como era
mais conhecido, saiu do Brasil, estabeleceu-se na Austrália, e lá comprou
imóveis e continuou criando gado, o prédio onde funcionava o frigorífico foi
reformado e adaptado e hoje funciona uma grande faculdade.
Mas não tínhamos apenas o gado para oferecer, produzíamos algodão, amendoim, café e esses produtos pela qualidade que tinham, também eram um referencial para a cidade, nosso comércio desenvolvia-se graça às riquesas aqui geradas, aos imigrantes sírios, libaneses, japoneses que aqui residiam, aproveitaram para somar a capacidade dos que aqui já estavam, e implantaram sua capacidade empreendedora, colaborando ainda mais com a cidade.
Hoje
a pecuária araçatubense ainda tem lugar de destaque no cenário nacional, muito
embora os expoentes desse negócio possuam mais gado nos vizinhos estados de
mato grosso do sul, paraná e minas gerais do que propriamente em Araçatuba, as
grandes fazendas (muitas centenárias), foram repartidas, divididas entre os
descendentes sendo que onelore ainda tem seu lugar de destaque, mas teve com o
passar do tempo repartir seu espaço com as lavouras de algodão, café e
recentemente com a cana-de-açúcar.
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Produtos exportados por Araçatuba até Outubro/2011comparados com Outubro/2010, fonte: http://www.mdic.gov.br//sitio/sistema/balanca/ |
Nosso
açucar adoçará muitos pratos finos e deixará iguarias ainda mais palatáveis
mundo afora, fruto do trabalho incessante de pessoas que nunca deixaram de
acreditar no potencial dos Araçatubenses e nesta terra.
Em
breve teremos um estaleiro, e pasmem, sem mar!
Como
pode uma cidade sem mar ter um estaleiro? Você deve estar se
perguntando.
Eu
respondo:
-Liga
não... Somos assim, gostamos de coisas grandiosas, coisas de Araçatuba!
Brincadeiras
a parte, eu explico:
-Faz
parte de um projeto parceria dos governos federal/estadual/municipal para implementar
de vez a hidrovia pelo rio Tietê, (hidrovia tietê-paraná) uma forma mais barata, e ecologicamente
correta de escoar toda a produção da região, mas principalmente do etanol e do
açúcar até o porto de Santos.
Ganharemos todos, afinal quantos caminhões não deixarão de trafegar pelas rodovias?
Todos
sabemos como o meio ambiente ganhará pois uma barcaça pode transportar a carga
de muitos e muitos caminhões, além do
que, com a redução das despesas de transporte, nosso produto ficará mais
competitivo.
Não
temos só o gado, o açúcar e o álcool, participamos ativamente nas exportações
de outros produtos, pois o nosso parque industrial é moderno e cresce
dia-a-dia.
No
esporte também temos do que nos orgulhar. Como exemplo o vôlei futuro, que
destaca-se no cenário nacional, e muitas alegrias vem nos dando, atletas
dedicados, muitos dos quais nem daqui são, mas elegeram essa terra como sua
primeira casa. Levam o nome da cidade adiante, merecem todo crédito.
Somos
modernos, mas toda essa “modernice” ainda não conseguiu esconder o nosso lado
rural, caipira mesmo, mas caipira com “orguio
sô”, afinal em que parte do Brasil se fala “Vôti” como interjeição significando espanto? Só aqui né! E o “né”
então, como falamos!
Onde
mais uma fruta pode integrar o nome de uma cidade? Bom na verdade, integra o
nome de várias cidades, mas aqui, tem uma particularidade; foram os primeiros
habitantes (indios caingangs) que o escolheram o nome.
Além
disso tudo, o nosso povo é que vale a pena e o que é a cidade senão o seu povo?
É
claro não somos perfeitos, mas diria que isso é genético... Para exemplificar a
afirmação, falo do jeito como os brasileiros entendem a política no país, ou
fazem de conta que não a entendem... mas isso é outra conversa, não é o foco
hoje.
Para
finalizar coloco abaixo a letra do nosso hino, que imortaliza os amor dos
Araçatubenses pela cidade, terra de oportunidades, terra de gente boa e amiga.
Visite-nos
e veja que já na entrada da cidade será bem recebido, fizemos questão de
retratar isso em um monumento que diz:
-Araçatuba
Cidade Amiga.
3 comentários:
Parabérns, Cidadão, por compor esta grande cidade ARAÇATUBA - CIDADONA.
RITA LAVOYER
Olá Rita, Cidadona de grandes talentos! Obrigado pela visita!
Belo trabalho, Paulo!Parabéns!Abração.
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