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VERGONHA! Imagem retirada da internet, link aqui |
Na coluna do jornalista Augusto Nunes –
(link aqui) ele apresenta uma análise sobre o assassinato de Liana Friedenbach em 2003 com 16 anos (ela foi
estuprada, torturada e morta por cinco “crias” que se parecem com seres humanos).
A coluna publicou em 31/10 uma análise dos fatos, vou me ater nesse post aos fragmentos da decisão do Senhor Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, que agora reproduzo trechos retirados da coluna:
"Segundo o procurador, a UES não pode ser considerada penitenciária, nem colônia agrícola, industrial ou similar, nem cadeia pública, hospital de custódia e tratamento ou qualquer outra modalidade de estabelecimento penal. “Os jovens ali internados não estão cumprindo pena decorrente de processo crime”, afirma num trecho da ação.
“O local
também não pode ser considerado um hospital, porque não possui projeto
terapêutico para tratamento dos jovens internos e os prontuários médicos não
são acessíveis aos jovens e seus familiares”, prossegue o
arrazoado. Embora admita que os reclusos da UES ─ “em caso de necessidade”
─ sejam transferidos para “estabelecimentos inscritos no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde, como Centros de Atenção Psicossocial III (leitos em
internação) e hospitais gerais”, ...
“Após o término do período improrrogável de três anos de internação na Fundação Casa, ou ao completar 21 anos, com o esgotamento da competência da Justiça da Infância, deveriam ser postos em liberdade”, ...
“Além de estarem sendo responsabilizados duas vezes pela prática do mesmo ato, a internação compulsória na UES se dá por tempo indeterminado, como se perpétua fosse”. ...Vários exames feitos nos últimos anos concluíram que Champinha continua tão cruel e perigoso quanto se mostrou naquele novembro de 2003. Mas nada disso parece impressionar o primeiro a assinar a ação.Grifado e negritado por mim.
São “falas”
que chocam, muito embora, concordo, estejam desconectadas do
todo que representa uma única e
indissolúvel peça jurídica elaborada pelo procurador. Mas na frieza da
Lei entendi que se a justiça for exercida ao "pé-da-letra" às vezes destoa e muito do bom senso, chega a desconectar o ser humano dos seus sentimentos mais nobres, entre eles a empatia, que sem ela, nos aproximamos de máquinas.