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Imagem retirada da internet, link aqui. |
Falávamos numa roda de amigos sobre
a beleza exterior do ser humano, como este pode ser abençoado com dotes físicos
que chamam a atenção. Nessa conversa as "chicas conocidas” na TV e no cinema eram a tônica da conversa, quando um colega mais afoito e brincalhão soltou a seguinte pérola:
- “O que importa é o que a pessoa
tem por dentro”
Não me contive e respondi ao
colega que por “dentro” somos cheios de órgãos veias, artérias, músculos,
ossos, cartilagens, e sabemos que somos assim:
Ele riu e disse que eu havia
entendido a brincadeira mas ainda assim, preferiu justificá-la comparando às “chicas” pouco providas de beleza exterior,
mas que chama a atenção pelo caráter, honestidade, benevolência,
integridade etc...
Depois de ter sacudido a cabeça confirmando o entendimento da brincadeira do colega, fiz a todos na roda a seguinte pergunta:
Depois de ter sacudido a cabeça confirmando o entendimento da brincadeira do colega, fiz a todos na roda a seguinte pergunta:
-Vocês acreditam que possuímos uma “alma”?
Continuei dizendo que somos a soma de todas as nossas aprendizagens e essas, compõem a nossa personalidade, o nosso ser único e indivisível e isso nos torna únicos completos e complexos ao meu ver. E essa unicidade -acredito eu- seria a nossa “alma”.
Se temos condições de aprender e
repetir ou não as lições é outra questão. Como podemos então imputar ao desconhecido ao sobrenatural ações
que foram – ou não – por nós realizadas?
Ficaram calados por alguns
segundos. Um deles que é kardecista depois de ouvir respondeu:
-Claro que existe! E apresentou a sua tese que ouvi com muita atenção.
Os outros riram e disseram que
certas “coisas” como futebol e religião não se discutem e ponto. E eu nem
falava de religião, falava de “alma”. Constatei que realmente
certas coisas não se pergunta.
Mais uma para minha pequena experiência interior.
Longe da roda de colegas, no caminho
para casa fiquei pensando como assuntos como esses são velados. Porque será? Chatos
demais para serem discutidos? Tabú?
Mesmo que isso (ao meu ver) esteja diretamente ligado ao centro da questão existencial entendi que alguns preferem não pensar muito. As pessoas gostam mesmo é de "algo acabado", enlatado e deglutido que é fornecido por aí pelas seitas, religiões e afins.
Mesmo que isso (ao meu ver) esteja diretamente ligado ao centro da questão existencial entendi que alguns preferem não pensar muito. As pessoas gostam mesmo é de "algo acabado", enlatado e deglutido que é fornecido por aí pelas seitas, religiões e afins.
Então qual seria o certo e o
errado? Não é bem assim não é? O certo depende de quem fala e mais ainda de
quem ouve, assim como o errado. Por isso fica difícil imaginar que
espiritualmente tenhamos uma alma.
Alguns precisam de orientação,
precisam acreditar (e hoje em dia cada vez mais) que temos um JUIZ supremo que
rege nossos caminhos e nos mantém na “linha”. Isso não faz com que alguns saiam
da “linha”, do convencional, mas aos que acreditam impõem um impedimento
intransponível.
Outros porém precisam de alguém (supostamente superior) para lhes dizer por onde andar, como proceder, e com isso fazem correr “as sacolinhas da vida”. Pagamos até pela orientação e não importa a denominação de alguma forma em todas elas pagaremos por algo, seja em serviço, em bens materiais, ou mesmo em dinheiro.
Outros porém precisam de alguém (supostamente superior) para lhes dizer por onde andar, como proceder, e com isso fazem correr “as sacolinhas da vida”. Pagamos até pela orientação e não importa a denominação de alguma forma em todas elas pagaremos por algo, seja em serviço, em bens materiais, ou mesmo em dinheiro.
A pessoa se sente bloqueada,
impedida de avançar e se frusta e a justificativa para essa frustração fica por
conta do intangível, do sobrenatural. Apenas uma frase em uma roda de colegas
pôde suscitar em cada um dos presentes pensamentos distantes e inimagináveis.
Ficarei com a minha
tese, e imaginarei a beleza interior como mostrado na figura acima.
Levando-se em conta é claro que as experiências vividas podem refletir um pouco do que a pessoa é e como reage frente a algumas situações. É mais reconfortante imaginar carne, ossos, veias, artérias e músculos pois esses, tem sua existência material e portanto podem ser provados que existem.
Levando-se em conta é claro que as experiências vividas podem refletir um pouco do que a pessoa é e como reage frente a algumas situações. É mais reconfortante imaginar carne, ossos, veias, artérias e músculos pois esses, tem sua existência material e portanto podem ser provados que existem.
4 comentários:
Hum... Todas as questões apresentadas por você dependem, exclusivamente, do ponto de vista que de quem tem olhos 'almados'. Pelas experiências acumuladas o dono dos olhos poderá, em determinadas ocasiões, achar determinada coisa ou pessoa bonitas, e em outra situação, feias.
Ninguém consegue ser feio o tempo todo, nem a beleza é eterna. Tanto pelo lado de fora, quanto do lado de dentro.
Carregar um estereótipo deve ser bem chato, não?
Olá! vim te convidar para participar do sorteio no BN, será somente para seguidores, portanto gostaria muito da sua presença. Um grande abraço!
Olá Vinícius tudo bem? Passarei por lá. Abraços
Olá Rita tudo bem? Os olhos são traiçoeiros. Mostram portanto, o que queremos ver.
A questão gira mais em torno da existência do que propriamente sobre a beleza exterior. Como você percebeu uma conversa completamente "normal" gerou esses questionamentos.
Acho a beleza exterior dispensável. Não seria hipócrita de dizer que não a aprecio pois estaria mentindo mas ainda assim belas e maravilhosas mulheres quando abrem a boca... E o mesmo imagino que deva acontecer (agora com as mulheres) em relação aos galãs, rs...
Abração!
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