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Fachada do prédio da escola da ponte em Vila das Alves - Distrito do Porto - Portugal. |
Tomei conhecimento dessa entrevista recentemente em virtude de minha esposa (que é educadora) tê-la visto em uma reunião que aconteceu na escola em que trabalha com os funcionários.
Ela ficou maravilhada com o vídeo, comentou sobre ele e como Rubem Alves é uma pessoa especialíssima. Tamanha foi sua empolgação que assistimos toda a entrevista em casa.
Além de teólogo, psicanalista, filósofo e educador, é uma figura sensacional de ver e ouvir. Antônio Abujamra (seu entrevistador) é maravilhoso, inteligentíssimo e faz jus ao nome do programa que se chama Provocações. Afinal, ele é um provocador sem dúvida.
Além de teólogo, psicanalista, filósofo e educador, é uma figura sensacional de ver e ouvir. Antônio Abujamra (seu entrevistador) é maravilhoso, inteligentíssimo e faz jus ao nome do programa que se chama Provocações. Afinal, ele é um provocador sem dúvida.
O vídeo apresentado aos funcionários falava entre outras coisas sobre uma escola cujo método revolucionário de ensino está além da nossa capacidade de entender o ensino.
Contraria muitas ideias já fundamentadas no nosso pretenso sistema educacional.
Uma pequena noção do que seria isso posto aqui com base numa entrevista feita à José Pacheco (diretor da escola) pelo portal educacional, cuja entrevista completa pode ser lida aqui: http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0043.asp::
A figura do professor como orientador e não como detentor do conhecimento. Fantástico não é?
Contraria muitas ideias já fundamentadas no nosso pretenso sistema educacional.
Uma pequena noção do que seria isso posto aqui com base numa entrevista feita à José Pacheco (diretor da escola) pelo portal educacional, cuja entrevista completa pode ser lida aqui: http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0043.asp::
Pergunta
- No padrão criado pela Escola da Ponte, os alunos decidem o que estudar,
montam grupos de interesse e trabalham orientados por professores, não é?
Resposta
- "Efectivamente, são os alunos que decidem. E os professores estão lá, atentos
e disponíveis. Quando compreendemos que cada criança é um ser único e
irrepetível, que seria errado imaginar a coincidência de níveis de
desenvolvimento, concluímos que não seria inevitável pautar o ritmo dos alunos
pelo ritmo de um manual ou pela homogeneização operada pelos planos de aula
destinados a um hipotético aluno médio. E avançámos com uma outra organização
da escola, uma outra relação entre os vários grupos que constituem a equipa
educativa (pais, professores, alunos, pessoal auxiliar), um outro modo de
reflectir as práticas. Passou-se de objectivos de instrução a objectivos mais
amplos de educação. Este projecto sugere um modelo de escola que já não é a
mera soma de actividades, de tempos lectivos, de professores e alunos
justapostos. É uma formação social em que convergem processos de mudança
desejada e reflectida, um lugar onde conscientemente se transgride, para
libertar a escola de atavismos, para a repensar. Não é um projecto de um
professor, mas de uma escola, pois só poderemos falar de projecto quando todos
os envolvidos forem efectivamente participantes, quando todos se conhecerem
entre si e se reconhecerem em objectivos comuns. Não há escolas-modelo, mas há
referências que poderão ser colhidas neste projecto como em tantos outros
anonimamente construídos, cujo intercâmbio urge viabilizar. Nos últimos cinco
ou seis anos, outras escolas se acercaram de nós: umas movidas pela
curiosidade; outras, por outras boas razões. Poderemos já falar de uma "rede
de escolas", que também já chega ao Brasil." (grifo meu).
A figura do professor como orientador e não como detentor do conhecimento. Fantástico não é?