Vamos refletir?

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Não tenho dúvida da influência das decisões políticas nas nossas vidas, e do quanto isso na grande maioria das vezes acarreta transtornos e revolta.

ho dbre as nossas vidas atingindo todas as esferasA nossa imaginação nos trai quando a palavra política, soma-se a palavra situação, imediatamente transportamos nosso pensamento para Brasília, pois lá é o foco dos nossos descontentamentos e muitas vezes da nossa revolta e pouquíssimas vezes do nosso contentamento. 

Os conchavos, as armações, os “malabarismos” feitos nos corredores do Congresso pelos políticos, para continuarem a ganhar sem muito fazer, para faturar com contratações fraudulentas, com a aprovação desta, ou daquela Lei que beneficiaria esa, ou daquela Lei que beneficir, para continuar a ganhar com contrataçá esse, ou aquele grupo e por ai vai! 

O problema é que esse estado de coisas, assim como um vírus, ou uma bactéria é automaticamente transferido para os Estados e na tabela, também aos municípios. Creio que essa seja a visão macro.

A visão micro é quando conseguimos olhar para o "chão" e ai então, com um pouquinho de consciência, coerência, e muita força de vontade, começamos a entender como a política altera diretamente a nossa vida, mais precisamente a nossa cidade. Um olhar mais atento, e pronto, começamos a traçar linhas imaginárias que nos fazem lembrar desse ou daquele outro escândalo que aconteceu na capital federal, e pensamos... é as sacanagens de lá, já chegaram aqui!

Que na sua grande maioria os políticos vivem de aparência, já sabemos, mas a capacidade de não nos indignarmos com isso assusta, muito mais do que a "criatividade" deles em nos fazer de bobos é a nossa letargia em não nos manifestarmos.

É claro que não posso generalizar, existem pessoas na política bem intencionadas, acredito, (e isso é uma constatação!) que são a minoria, mas que existem, existem! 

Recentemente o povo do Egito, da Síria e agora da Grécia, não se conformando com as decisões governamentais dos seus respectivos governantes, saiu a rua, e de forma agressiva, confrontou as autoridades constituídas dizendo a elas:

-Chega! Isso está errado! Não é assim! Não queremos isso para o nosso país! Não que essa forma seja a correta! O correto é o diálogo, as decisões de forma democrática, que sejam boas para todos.

Mas e nós? Somos a todo momento enganados pelas nossas autoridades e o que fazemos? 


Reclamamos! A quem? Ao colega do bar, ao colega do futebol, a alguém na fila do banco, e só. Tudo isso, porque o nosso conformismo nos impede de ir além. Estamos acostumados com a "ração" que nos é dada. 

Historicamente sempre foi assim, imaginamos que nada adianta fazer, pois tudo vai continuar assim, é a nossa sina!. Que triste! 


Recentemente na minha querida cidade, um dos jornais locais, o Folha da Região, divulgou uma entrevista com um vereador, que disse em entrevista ao jornal que: 


- " O comentário na cidade é que viria um saco de dinheiro para os vereadores" (leia a matéria na folha aqui!). Em relação á concessão de uma autarquia municipal.


A câmara local não consegui investigar, a suposta denúncia, e também não localizou o tal "saco", tentaram instaurar uma C.P.I (Comissão Parlamentar de Inquérito), mas não foi possível pela falta de membros para integrá-la. 


Por incrível que pareça, vi sentido nessa "indecisão", pois acredito que eles mesmos viram que não ia dar em nada, e alguns vereadores não se inscreveram para participar da mesma. 


Não lembra Brasília em seus longos, tortuosos e escuros corredores?

As eleições se aproximam, votaremos novamente em nossos representantes. Agora é hora de fazermos um balanço, com muita calma, revermos "pequenos detalhes" antes de escolhermos aqueles que irão nos representar.

Pense; seu imposto está alto? Como está o asfalto na sua rua, no seu bairro, na praça perto da sua casa? Está satisfeito com o serviço prestado na creche, no posto de saúde? Tem medicamentos e exames no posto de saúde do seu bairro? E as instalações do mesmo como estão? 

Os vereadores levaram as suas reclamações, e ou sugestões adiante? Tentaram resolver algumas?

Questione-se! São perguntas que naturalmente devem levar os Cidadãos a refletirem. 

Naturalmente esse processo tem que acontecer na mente de cada um de nós, sem fisiologismos, sem paixões, livre de paradigmas, e principalmente longe da ideologia partidária, apenas e tão somente o raciocínio das coisas como estão, e como gostaríamos que fossem.

Mas e se novamente não realizarmos esse pequeno exercício, como serão as coisas após a próxima eleição?


Deixo mais um argumento, já vimos que reeleições muitas vezes tornam-se mais decepcionantes quanto uma nova escolha, e essa é a minha opinião! 

As ruas esburacadas, a sujeira nas ruas, as praças sujas, algumas parcialmente destruídas, as estradas rurais sem conservação, isso não lhe diz nada?

Então amigo, sugiro que mude de cidade, e se continuar pensando assim, mude de estado, e se ainda assim, achar que está certo e não fizer nada, mude de país, mas antes disso, peço, pense reflita, analise.

Fui mais longe nesse exercício mental proposto, imaginei quantas benfeitorias poderiam ser feitas no País, Estado, Município se deixássemos de pagar os salários dos Srs.Senadores, Deputados, Secretários, Governadores, Prefeitos, Vices em geral ,Diretores, Auxiliares, Assessores, muito poderia ser feito, inclusive aquilo para o qual são pagos e na maioria das vezes não fazem, ou pior, o fazem super-faturado, com material de péssima qualidade para ganhar mais.

Reafirmo, muito poderia ser feito! 

A minha arma será o voto. Tentarei conscientizar aquele que lê, para que ele possa pensar como eu, e juntos tentarmos escrever uma nova página, onde progresso, educação, saúde, e infra-estrutura não figurem apenas em páginas de propaganda política, mas sejam efetivamente visualizadas pelo Cidadão comum em sua cidade, seu estado e no seu país.

Qual a cidade que você quer deixar para seus filhos?

Acorda Araçatuba!

É a sua arma! Pense desde já.