SE VOCÊ FOSSE HOMENAGEAR ALGUÉM HOJE, QUEM SERIA?
Hoje temos que pensar nelas, sempre lembradas por nós, lembradas pelos outros também, quando fazemos barbeiragens no trânsito, ofendemos alguém...
Mas sério; você concorda que todo dia é dia delas e que elas são muito, mas muito mais fortes que nós homens!
Nem citarei a minha mãe (que descanse em paz!) mas quando penso na figura feminina, na figura da mãe, penso sempre nessas mulheres lutadoras que criam seus filhos, muitas vezes sozinhas, trabalham o dia inteiro, cuidam da casa, suprem o lar, e o mais importante; alimentam sonhos!
Sonho de ver seus filhos prosperarem serem homens e mulheres de bem, honestos, cumpridores de suas obrigações.
Penso nessas guerreiras que derrubam preconceitos, enfrentam barreiras, às vezes duras, às vezes doces, mas que não arredam o pé um centímetro quando o assunto é proteger sua “cria".
Penso também naquelas que não entendem a maternidade, que acham que 9 meses de gestação são para formar um ”embrulho” e colocá-lo no lixo, ou às vezes na porta de algum hospital. Desumano? Sem dúvida!
Mas por mais cruel que pareça quem de nós tem coragem de fazê-lo? Quem pode dizer que essa escolha é fácil? O “embrulho” não fica no lixo ou na porta, vai para sempre como um peso imenso dentro do coração, da alma, e terá que ser carregado pelo resto da vida, e em alguns casos, é muito tempo.
Penso também naquelas que por um motivo ou outro não podem ser mães. E isso deve doer, incomodar, pois uma coisa é escolher, outra é não ter escolha!
Mas ser mãe não é só parir, é algo mais amplo mais complexo, pois elas ensinam a nós, (filhos, esposos) a ter esperança, a ver as coisas sob um prisma diferente, fantástico, coisa que para elas é sublime, simples pois tem o dom nato de superar as dificuldades, de ajudar, são mais fortes, pois podem até gerar a vida como admitir que nós homens podemos ser mais fortes que elas?
Feliz daquele que tem uma guerreira dessas ao seu lado, valorizem-nas, independente do seu grau de parentesco, pois são dignas disso.
Deixarei esse pequeno e singelo ensaio, para deixar que o poeta traduza de forma inequívoca meu pensamento:
Quando nas horas melancólicas do dia,
Não ouvires mais os lábios da sombra
Murmurarem ao teu ouvido
As palavras de voluptuosa beleza
Ou de casta sabedoria;
Quando a tua tristeza não for mais que amargura, Quando perderes todo estímulo e toda crença,
- A fé no bem e na virtude,
A confiança nos teus amigos e na tua amante,
Quando o próprio dia se te mudar em noite escura
De desconsolação e malquerença;
Quando, na agonia de tudo o que passa Ante os olhos imóveis do infinito,
Na dor de ver murcharem as rosas,
E como as rosas tudo o que é belo e frágil,
Não sentires em teu ânimo aflito
Crescer a ânsia de vida como uma divina graça:
Quando tiveres inveja, quando o ciúme
Cristar os últimos lírios de tua alma desvirginada;
Quando em teus olhos áridos Estancarem-se as fontes das suaves lágrimas
Em que se amorteceu o pecaminoso lume
De tua inquieta mocidade:
Então sorri pela última vez, tristemente, A tudo o que outrora
Amaste. Sorri tristemente...
Sorri mansamente...em um sorriso pálido...pálido
Como o beijo religioso que puseste
Na fronte morta de tua mãe...Sobre a tua fronte morta...
Manuel Bandeira
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