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Entregue por:FeedBurner/Cidadão Araçatuba

21 de abr. de 2013

Mais do mesmo.




Imagem retirada da internet,link aqui.

Vi um rapaz dos seus 40 e poucos anos deitado na calçada de uma avenida com grande fluxo de pessoas, coberto por um cobertor azul, uma mochila preta como travesseiro. Esse conjunto de informações indicava que ele deveria ter passado a noite por ali. Bem próximo um vira lata marrom claro que lhe fazia companhia. Não que cenas como essa não emoldurem o cotidiano das grandes cidades, Araçatuba nem é tão grande assim mas, infelizmente, começa a se repetir por aqui cenas mais comuns nas grandes cidades. 

Reduzi as pedaladas, pensei em tirar uma foto com o celular para ilustrar esse post que na minha cabeça nascia. Cheguei a diminuir a marcha, pedalei mais um pouco e me dei conta que o exporia a um constrangimento muito maior do que ele já passava ali. Não resolveria o problema dele e eu ainda seria muito mal interpretado.

Muitos outros passaram por ali, presenciaram a cena, e nada fizeram. Por que?  

"O que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más, mas a indiferênça  e o silêncio das pessoas boas”.
Martin Luther King

Continuei rumo ao trabalho que ainda estava longe. No caminho foram surgindo muitas questões. A que não quis calar foi: Esse tipo de situação não é tão incomum assim, porque afinal me escandalizei?

Por que tenho casa, emprego, formação acadêmica e um meio de locomoção? Por que a dignidade humana é bonita apenas quando falada e deveria ir além do papel ou de algum discurso, ou simplesmente porque não efetivamos aquilo que imaginamos ser o correto?

Sabemos pelas mídias, que milhões de reais são aplicados para tornar a vida dos menos favorecidos melhor, porque então de fato isso não acontece? Comentei aqui de um caso isolado, mas com certeza devem existir outros tantos espalhados nas ruas das muitas cidades do no país.

Será que o colega deitado na calçada já gastou a sua parte? Ou será que ele se esqueceu  de passar no banco e sacá-la? Pode até ser um caso isolado de alguém que tomou "todas e mais algumas" e não conseguiu chegar em casa. Será que ele tem casa? 

O País sem miséria não consegue impedir uma verdade; os miseráveis estão aí. A máquina propagandista do governo tenta varrê-los para debaixo do tapete, inscrevendo-os em programas sociais que não resolvem o  problema, apenas disfarçando-o. O governo fecha um ciclo que alguns denominam como "assistencialismo barato". Afinal quanto custa uma cesta básica? A mais básica possível que é o caso,  algo  em torno de: R$38,00 a R$ 50,00 .  

Placar:  Cesta básica 1 x Dignidade 0.

Com todos esses questionamentos aflorando pergunto: Onde está o dinheiro então?? Cadê os milhões de reais que são "gastos" pelos governos nos programas de combate a fome e a pobreza? O dinheiro eu não sei onde está, mas os desamparados já sabemos onde encontrar, procurem os nas ruas.

Obras inacabadas, concorrências fraudulentas, escândalos na educação, no congresso, desvio de verba, empreguismo, e outros  tantos “ismos negativos", resumindo: patifaria a granel. Tudo isso junto e misturado acaba com o dia de qualquer um. Não vai mudar,  eu sei. A minha inércia e a sua,  colabora para isso!

Vamos fazer assim: comentamos em blogs, compartilhamos no facebook, assistimos aos noticiários, acompanhamos em programas sensacionalistas da TV que adoram "tratar" da miséria humana e quem sabe um dia, essa situação toda se resolva sozinha, como num passe de mágica. 

Ao meu ver, fica mais fácil assim: Ao invés de cesta básica, qualificação e  trabalho.

Distribuição de renda consegue-se extirpando a corrupção, fazendo a reforma fiscal,cuidando para que não existam "desvios" do dinheiro público. Gestão inteligente, gente capacitada na administração pública, não ao empreguismo, não ao toma lá dá cá. Receber de volta de quem desvia, rouba, aplicar com conhecimento, planejamento e técnica o dinheiro. Políticos... Cuidado! O judiciário começa a mudar: Joaquim Barbosa vem aí. 

Precisamos de educação de qualidade. Não adianta pensar só em salas bonitas, climatizadas e informatizadas. Não é só isso. Precisamos também de profissionais de educação comprometidos com o que fazem. Muitos o são, não tenho dúvida! As escolas devem ser grandes, mas levando-se em conta o potencial individual dos educadores,no conteúdo para formar cidadãos responsáveis dispostos a fazer algo quando enxergam incoerência, ingerência, incapacidade e incompetência nas administrações públicas. 

Não falo de transferência de responsabilidade do cidadão para a classe política, mas  eles são muito bem remunerados e deviam cuidar do que é de todos. Via de regra não o fazem.

O povo é o início, o meio e o fim esse é o baluarte das ações públicas, o único  motivo pelo qual os Estados existem! 

Enquanto isso, sentados na sala das nossas casas, vemos tudo se repetir... Sempre assim, mais do mesmo... Como sou acomodado!

Deixemos que o google defina para nós o que é pobreza. Fica distante, e mais confortável assim!

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